Outubro Rosa - O mês de conscientização mundial sobre o câncer de mama. Saiba mais, previna-se!



CÂNCER DE MAMA

Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom. É relativamente raro antes dos 35 anos, mas se deve utilizar dos métodos de prevenção, e acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente.


SINTOMAS

O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um caroço. Nódulos que são indolores, duros e irregulares têm mais chances de ser malignos, mas há tumores que são macios e arredondados. Portanto, é importante ir ao médico. Outros sinais de câncer de mama incluem:

· inchaço em parte do seio;
· irritação da pele ou aparecimento de irregularidades, como covinhas ou franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja;
· dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro);
· vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama;
· saída de secreção (que não leite) pelo mamilo;
· caroço nas axilas

DIAGNÓSTICO PRECOCE

O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. Quanto mais cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a 95%, segundo a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama – Femama. Quanto maior o tumor, menor a probabilidade de vencer a doença. A detecção precoce é, portanto, uma estratégia fundamental na luta contra o câncer de mama.

Autoexame

Ele é essencial para que a mulher conheça seu corpo, em especial sua mama, e possa perceber qualquer alteração. O autoexame pode ser feito visualmente e por meio da palpação, uma vez por mês, após o final da menstruação. Para as mulheres que não menstruam mais, o ideal é definir uma data e fazê-lo uma vez ao mês, sempre no mesmo dia. As imagens seguintes mostram como pode fazer o autoexame da mama nestes três passos.

· Primeiro passo: Observação em frente ao espelho

De frente para o espelho sem roupa, observe se as duas mamas são iguais. Primeiro com os braços caídos, depois com os braços levantados e depois com as mãos apoiadas na bacia fazendo pressão para observar se existe alguma alteração na superfície da mama como abaixamento, saliência, rugosidade ou cor anormal, como mostra a imagem.



· Segundo passo: Palpação de pé


Durante o banho com o corpo molhado e as mãos ensaboadas, levante o braço esquerdo, colocando a mão atrás da cabeça e palpe cuidadosamente a mama esquerda com a mão direita, como mostra a primeira imagem. A palpação deve ser feita com os dedos da mão juntos e esticados em movimentos circulares em toda a mama e de cima para baixo, como mostra a segunda imagem. Repita este passo na mama direita. Depois da palpação da mama, pressione também o mamilo suavemente e veja se há saída de qualquer líquido, como mostra a terceira imagem. Faça o procedimento nas duas mamas. Verifique as axilas, elas também fazem parte do tecido mamário, e devem ser examinadas do mesmo modo que as mamas. Realize movimentos circulares da mama para axila, observando a presença de caroços na região.

· Terceiro passo: Palpação deitada

Deitada, coloque o braço esquerdo na nuca e uma almofada ou toalha debaixo do ombro esquerdo e palpe a mama esquerda com a mão direita, como mostra a imagem, da mesma maneira que a palpação de pé. Repita este passo na mama direita.


Entretanto, o autoexame não substitui a importância do exame clínico feito por um profissional da saúde, é fundamental que, além do autoexame, todas as mulheres acima dos 40 anos façam seus exames de rotina, entre eles a mamografia. Só ela pode detectar precocemente um nódulo pequeno e aumentar muito as chances de cura.

Mamografia

A mamografia é um exame de raio-X, na qual a mama é comprimida entre duas placas de acrílico para melhor visualização. Apesar da compressão da mama ser um pouco desagradável para algumas mulheres, é importante lembrar que ela não é perigosa para a mama. A dose de raios X utilizada nos aparelhos modernos é também muito baixa, e não deve servir de empecilho para a realização do exame.

Fundamental e insubstituível, a mamografia pode detectar nódulos de mama em seu estágio inicial, quando não são percebidos na palpação do autoexame feito pela mulher ou pelo profissional de saúde. Por serem pequenos, esses nódulos têm menor probabilidade de disseminação e mais chances de cura.

Por essa razão, as mulheres acima de 40 anos devem realizar a mamografia regularmente, em intervalos anuais. E, com a efetivação da Lei Federal nº 11.664/2008, em vigor a partir de 29 de abril de 2009toda mulher brasileira tem direito a realizar pelo SUS sua mamografia anual a partir dessa idade.

Como todo exame médico, a mamografia está sujeita a deficiências. Acredita-se que cerca de 10% dos casos comprovados de câncer de mama não sejam detectados na mamografia, principalmente em mulheres jovens, que têm a mama densa. A ultrassonografia pode auxiliar no diagnóstico quando associada à mamografia e pode ser muito útil para detectar lesões duvidosas.

Ultrassonografia

A glândula mamária feminina não se mantém igual ao longo da vida. Isso repercute diretamente nos exames de imagem para detecção do câncer. Mulheres jovens possuem a mama densa, o que torna mais desafiadora a visualização de patologias com a utilização de mamografia. Nesses casos, se a paciente jovem detecta um nódulo, o exame mais recomendado é a ultrassonografia (ecografia).

A interface da mamografia não permite a distinção clara entre o tecido jovem e o nódulo, apresentando ambos em branco. Ao contrário da ultrassonografia que apresenta o tumor com uma aparência escura, deixando clara a sua presença.

Com o passar do tempo e o avanço na faixa etária, este tecido é substituído por gordura, o que torna a mamografia o exame mais eficiente. O câncer de mama, em mulheres que não sentem nenhum sintoma e que apresentam alto risco, é ainda mais complexo de ser identificado. O diagnóstico, nesses casos, pode ser realizado por meio de uma série de exames além da mamografia, como ultrassom, tomossíntese (mamografia 3D) e, em último caso, a ressonância magnética.

A grande limitação da mamografia são as mamas densas, pois existe uma grande dificuldade de identificar um nódulo nestes casos. Porém, o câncer de mama não se manifesta somente desta forma. Deve ser considerado que todos os métodos de diagnóstico de detecção da doença, em mulheres assintomáticas, têm as suas limitações. Em casos de pacientes de alto risco, o diagnóstico é realizado com um conjunto de estudos por imagem.

É importante a manutenção de exames regulares de imagem, mesmo se não sentir nada no autoexame de toque. Isso se justifica porque a detecção pelo tato se dá quando o nódulo já mede um ou dois centímetros, o que já caracteriza um avanço considerável da doença.

Quando se trata de um público mais abrangente, a mamografia é o exame mais indicado. É provado cientificamente que se realizada em intervalos anuais regulares, em mulheres com mais de 40 anos, este deverá ser o 1° exame para detectar precocemente a doença e realizar o tratamento com antecedência, obtendo assim as melhores chances de cura.

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